O Que São Escalas
Escalas para o saxofonista e para qualquer músico são uma sequência de notas organizadas em ordem ascendente ou descendente, geralmente contida dentro de uma oitava.
Dentro desta definição do que é uma escala temos a certeza de que há inúmeras possibilidades de escalas a serem formadas dentro de uma oitava.
Quantas Escalas Existem
Para ser mais exato, uma escala precisa ter pelo menos 5 notas para ser uma escala, e pode ter até 12 notas para caber dentro de uma oitava, temos que dentro dessa definição de escala há mais de 1100 escalas possíveis.
Porém, a verdade é que ninguém sabe 1100 escalas, e não se usa de fato 1100 escalas na prática musical, na improvisação e na composição musical em si mesma, isso é algo impraticável.
O que se usa, de fato são as escalas que têm a ver com nosso momento, o estilo que estamos tocando, as escalas que realmente fazem efeito naquilo que estamos trazendo à luz em termos musicais na atualidade.
Quais as Principais Escalas
Sim, as principais escalas são no sistema tonal, a maior e a menor (3 tipos), as escalas pentatônicas (maior e menor além de algumas outras, e não todas), a escala blues, que é derivada da pentatônica menor, as escalas modais (dórico, frígio, lídio, mixolídio, eólio, lócrio), e também algumas escalas exóticas, como a escala diminuta, a escala de tons inteiros, etc.
Uma Forma De Estudar
Neste ponto posso afirmar que não há melhor coleção na internet sobre estruturas básicas do que a coleção VIVAOSAX de e-books. Nos quais você conhecerá as principais estruturas a fundo e poderá estudá-las de maneira inesgotável.
O ideal é que o músico comece pelo que não sabe, pela ordem dos e-books (que possuem uma ordem do I ao VII e-book) e assim vá incrementando aos poucos o seu desenvolvimento abarcando cada vez mais as estruturas básicas ao seu dia a dia musical, incrementando sua conquista expressiva.
A Verdade Sobre os Músicos
A verdade é que o músico em si mesmo não sabe tudo, jamais se dedica a saber tudo, e não se coloca em seus estudos com a ambição de tudo saber. É um engano pensar que as coisas na música são dessa forma.
Quem passa essa imagem de saber tudo, de estudar tudo, e de tudo executar, está na verdade, trazendo para quem recebe essa mensagem, uma imagem falsa, e inatingível. Definitivamente não é possível saber tudo no saxofone e nem em nenhum instrumentos musical.
Devemos nos guiar pelo repertório, sim, esse deve ser nosso guia. Qual o repertório que estamos fazendo, o que queremos tocar no nosso momento, quais sonoridades são úteis e podem produzir de fato efeitos naquilo que fazemos? É isso que deve nos guiar, e não saber tudo.
Quando um músico se mostra diante de um público no palco, e demonstra saber tudo, ele na verdade, está demonstrando saber tudo o que está fazendo, e não tudo em si mesmo. Essa é uma confusão que muitos fazem dos músicos em geral.
Todos Possuímos Limites
Todos nós somos humanos e temos limites, diante de uma matéria infinita como a música, na qual tanta coisa se retira de uma simples escala maior (só isso já é algo tremendamente complexo para quem toca), todos temos limites.
O que ocorre na maioria das vezes é que, diante dessa imagem de que alguns sabem tudo, outros que não o sabem desistem e até mesmo se sentem impotentes diante do que ocorre na música.
Transmitir a imagem de que se sabe tudo, quando na verdade, se sabe algo limitado de acordo com o que se apresenta, muitas vezes é algo que está mais na cabeça de quem ouve, mesmo não devendo estar.
O Que É Música
É importante saber que a música é muito mais do que expor uma capacidade de saber ou não saber, e muito mais também do que a idéia de transmitir saber tudo ou não, o ideal na música é entendê-la como algo simples que transmite sentimentos humanos que não podem ser transmitidos de outra maneira, e não a exibição de habilidades que nada significam.
Não devemos sequer procurar essa exibição de habilidades nas pessoas, e muito menos em nós mesmos, antes devemos ver música como música, como sentimentos, como uma coisa singela que traz, para nós a definição do que é a vida, mesmo sendo essa definição difícil de ser abarcada de outra forma senão por sons de qualquer tipo.
Não há como saber todas as escalas, não há como saber tudo em música, devemos nos concentrar no que estamos exprimindo, no que estamos fazendo, no que dominamos, e a partir disso produzir algo que possa tocar o nosso público de alguma maneira verdadeira.
Daniel Vissotto