Como Ler Partitura 7X Mais Rápido

Muitos alunos reclamam de sua dificuldade de ler partituras. Acreditam que gastam muito tempo para decifrar o código de uma música.

Ou o decifram todo ele de maneira subjetiva, ou ainda desistem rapidamente da tarefa, vindo com isso a não atingir seus objetivos nesta área do conhecimento musical.

O que não se sabe é que simples passos têm o poder de fazer com que a partitura se torne muitíssimo mais fácil e rápida, simples passos que quase ninguém pratica.

Simples Passos têm o poder de facilitar a leitura musical
Simples Passos que Ninguém Pratica

O que eu proponho neste artigo é que possamos, com alguns simples passos, conseguir um patamar de leitura de partitura, no mínimo 7X mais rápido do que o normal.

Isso fará com que você economize muito tempo, e dessa forma fará com que consiga assim uma nova esperança para seu desenvolvimento, vindo a se animar e vencer naquilo que se propõe.

A Pulsação, a Divisão e a Subdivisão

Ler partitura não é um bicho de sete cabeças, se você conseguir visualizar as divisões e subdivisões do tempo, e passar a se encaixar nelas a coisa fica muito mais fácil.

O primeiro passo para você ler partitura com mais efetividade é definir o andamento da música em questão, ninguém consegue se comportar numa música sem visualizar antes sua pulsação.

A pulsação é o chão onde a música se desenrolará, é medida em BPMs ou seja, Batidas Por Minuto, o que é uma medida temporal para que você baseie toda temporalidade de sua música.

Precisamos sempre de uma pulsação para tocar uma música, sem isso não temos música
O Metrônomo Medindo a Pulsação

Ficaríamos abismados de saber quantos alunos entram diretamente numa música, tentando parcamente ler à primeira vista, sem sequer antes disso imaginar a própria pulsação da música.

Depois de sentir a pulsação, que corresponde à unidade do tempo (àquilo que corresponde a um tempo da música), temos condições de atribuir temporalidade à música em questão.

Devemos como próximo passo sentir divisões e subdivisões da música. Temporalidades correspondentes a 4 tempos, a 2 tempos, a um tempo, a meio tempo, a um terço de tempo, a um quarto de tempo e assim por diante.

Quanto mais seguros estivermos dessas temporalidades, mais fácil será dividir e tocar a música que nos propomos a fazer soar.

Como sentir as divisões e subdivisões da música? Trazendo-as para si mesmo, promovendo, com o auxílio da pulsação em questão, a expressão no falar, no bater, no exprimir palmas ou o que seja, dessas mesmas temporalidades.

Só esse pequeno trabalho que disse aqui nos fará caminhar 50% adiante para conseguir de uma vez expressar a música em questão em sua inteireza.

Feito isso, atribuída uma pulsação, sentidas as divisões e subdivisões do tempo, passemos ao trabalho de definir foco na partitura.

Observe e Conscientize-se de Todos os Símbolos

É hora de observar todos os signos da partitura, signos que digo são sinais, todos os símbolos presentes nessa partitura, pois de um simples símbolo depende inúmeras coisas na partitura.

Como se pode ler um código sem se preocupar com os códigos determinantes presentes nele, isso é impossível, de forma que devemos identificar e nos conscientizar da presença de todos os símbolos da partitura.

A Afinação

Precisamos saber em primeiro plano em qual afinação está a partitura, se em C ou em Eb ou em Bb. Para tanto precisamos saber para qual instrumento ela foi escrita.

Isso geralmente é indicado pelo bom escritor de partituras no topo da mesma, certamente se você tocar com um sax alto numa partitura de tenor não conseguirá o resultado que deseja.

Sem isso estaremos navegando no escuro, pois jamais conseguiremos tocar com outros instrumentos ou playbacks, se não estivermos na afinação correspondente ao nosso instrumento.

O sax alto toca em Eb e o sax tenor toca em Bb, assim se dá com todos os instrumentos, principalmente os transpositores, eles têm sua afinação própria.

Conheço casos de alunos que não entendem o porquê daquilo que tocam não casar com o que ouvem no playback ou na música em questão.

Aqui vai um conselho, é preciso saber em qual afinação está a partitura que você vai tocar. A música só soará do jeito que tem de ser se assim for. O que passa disso é perda de tempo.

A Clave

Depois disso virá a clave, é um dos símbolos mais determinantes da partitura, a clave determina como iremos interpretar a partitura como um todo.

A clave de sol estabelece a segunda linha como a nota sol, de forma que se a clave for diferente, certamente não conseguiremos tocar essa partitura, precisamos estar conscientes da clave em questão.

é preciso atentar-se para a armadura de clave antes de ler uma partitura
A Clave de Sol

Como todos os saxofones tocam em clave de sol, muitos saxofonista se esquecem desse detalhe, o que ocorre é que nem sempre tocamos saxofone com partitura de saxofone. De forma que isso tem sim de ser observado.

A Armadura de Clave

Outra questão fundamental para que possamos tocar uma partitura é observar imediatamente após a clave a armadura de clave. É impossível tocar corretamente uma música sem isso.

Parece óbvio para alguns, mas esse tipo de observação escapa à maioria dos saxofonistas, principalmente aqueles que não estão acostumados a ler partitura como deve ser.

Observada a armadura de clave conheceremos todos os acidentes e até mesmo uma pista muito determinante da escala que vamos utilizar na música em questão. Só isso nos facilita em muito a leitura do que vem pela frente.

A Fórmula de Compasso

Após a armadura de clave, por favor, observemos a fórmula de compasso. Depois de determinada uma pulsação para a música em questão precisamos aplicar a mesma a uma fórmula de compasso.

A formula de compasso é o que define diretamente o como será aplicada a pulsação, as divisões e as subdivisões da música, sem isso não teremos condições de atribuir temporalidade a nada numa partitura.

Os Símbolos de Retorno

O passo seguinte é entender as voltas, ritornellos, e repetições da música em questão. Muitas das vezes erramos tudo ao tocar uma partitura por não entender os sinais de repetição escritos nela.

Até mesmo músicos experimentados se esquecem desse fato, devemos visualizar a partitura como um todo, com todas as suas repetições e como elas se dão, caso contrário nos perderemos em relação àquilo que estiver nos acompanhando.

Dividindo a Partitura em Pequenos Trechos

O próximo passo, e um dos mais importantes para economizar tempo na leitura de uma música, ou peça, ou exercício musical, é dividir a partitura em trechos pequenos que serão estudados isoladamente.

A maioria dos alunos fecha os olhos para todos esses sinais da partitura, e começa a tocá-la de maneira um tanto quanto intuitiva procurando fazê-lo à primeira vista.

O resultado disso é que perderão um grandioso tempo, tentando expressar a música em questão do começo ao fim, voltarão inúmeras vezes ao início, se especializarão no primeiro compasso e sequer conseguirão atingir o último.

O tempo que se perde nessa tentativa insana de ler a partitura de cabo a rabo (e é justamente o que 90% das pessoas faz) é tremendo, é absurdo e o resultado que se consegue com isso é quase nulo.

Precisamos dividir a partitura em pequenos trechos, estudar isoladamente cada um deles, e depois ir os unindo pouco a pouco estrategicamente para depois disso, com um estudo prévio tocar a partitura do começo ao fim.

Isso nos fará economizar muito tempo no desvelamento do código da partitura, nos trará um aprendizado muito mais eficaz, e uma certeza maior de tudo aquilo que estamos fazendo.

O Solfejo

Depois de dividida a partitura em pequenos trechos, é hora de solfejar. Sim, não devemos entrar na partitura diretamente, é importante trazer a música para si antes de levá-la ao instrumento.

Isso nos fará economizar tempo, pois o instrumento requer, além da compreensão da partitura, um trabalho de coordenação motora, e contemplar todos esses quesitos ao mesmo tempo à primeira vista nos fará voltar inúmeras vezes ao início e até mesmo desistir.

Solfeje a partitura, comece lendo a altura das notas do trecho separado em questão, depois a rítmica das mesmas (como num solfejo rítmico), depois busque ler a partitura num solfejo métrico (falando a altura das notas e expressando sua temporalidade corretamente).

Ou seja, comece pela altura das notas, pura e simples, depois pela rítmica, e por último unindo os dois fatores num solfejo métrico, feito isso e alcançada a destreza, passe a tocar o trecho em questão no instrumento.

Toque Cada Trecho em Separado

Podemos tocar um trecho apenas da música, uma frase até limpá-la  por completo e assim conseguir tocá-la sem equívocos. Feito isso esqueça esse trecho e vá para o trecho seguinte.

E assim faça com todos os trechos separadamente. Limpe todos os trechos de maneira isolada, sem voltar ao início da partitura, trecho por trecho.

Una Os Trechos Estrategicamente

Uma vez feito esse trabalho comece a unir estrategicamente os trechos, começando pelos mais fáceis até os mais difíceis, dando assim feição à sua música em questão.

Só esse trabalho de dividir a partitura, solfejar anteriormente ao tocar, e limpar trecho por trecho, vindo depois disso a unir os trechos de maneira estratégica nos fará economizar muitíssimo tempo.

Agora Toque a Música do Começo ao Fim

Por fim, sim, neste momento especial, depois de tomados todos os cuidados acima, você poderá tocar a música de cabo a rabo, e certamente fará várias vezes, e aperfeiçoará até atingir um patamar de fazê-lo sem erros.

Essa é a maneira de se ler uma partitura, fazendo isso, certamente conseguiremos vencer na nossa empreitada, e o faremos pelo menos 7X mais rápido, isso se não fizermos mais rápido ainda.

Para você que gosta dessas diretrizes, para estas e muitas outras diretrizes que te farão ter um rendimento muitíssimo mais rápido e mais eficaz no saxofone, aconselho aulas diretas com o professor.

Certamente você economizará tempo e terá resultados muitíssimo mais expressivos do que se estiver batendo a cabeça sozinho, isso se não evitar muitos vícios que vierem a confundir e até mesmo a ter de ser combatidos no futuro.

Daniel Vissotto

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